Todos os homens têm algumas dimensões, ou forças que os movem. Uma dimensão óbvia é dada pelas forças do meio ambiente, da cultura à qual somos submetidos. A língua, os costumes, o folclore, a religião, a educação que recebemos do meio em que vivemos, contribuem de maneira decisiva para a nossa maneira de ser. Seria, assim, uma dimensão externa porque, simplesmente, age sobre nós, de fora para dentro.
Um outro conjunto de forças que atuam sobre nós tem origem em nós mesmos. São, comparativamente falando, verdadeiros animais.
É o leão em nós que nos faz desejar o mando, o domínio, reinar sobre os outros.
A águia em nós, que nos faz querer ser admirados pelos grandes vôos da inteligência.
Há a raposa, esperta, armando dificuldades para os outros. Os morcegos hematófagos, sugando as forças dos outros.
São os ruminantes em nós que nos fazem valorizar em excesso a alimentação, o prazer da mesa, os requintes da bebida.
Há ainda o urubu que espreita a carniça das pessoas que destruímos, os cadáveres dos que derrotamos ao longo da vida.
E a preguiça, indolente.
Há os animais peçonhentos, espalhando veneno por onde passam, falando mal dos outros, levantando suspeitas, dúvidas, aleivosias, criticando impiedosamente o nosso próximo.
Todas essas forças animalescas convivem conosco, longamente. Muitas vezes tomam conta de nossa vida e cometemos atos bárbaros, dignos da animalidade mais grosseira. São forças do nosso primitivismo, que estão em nós em dimensão interna. Certamente estão ligadas ao nosso passado.
Felizmente não estamos entregues apenas a tais forças. Algumas criaturas nos falam de uma voz interior, uma voz que mora n'alma e que fala lá de dentro, do fundo do nosso ser e nos aconselha e orienta. Convida nossa atenção para que não cometamos transgressões à lei divina. Alguns a identificam como a voz da consciência. Muitas grandes almas se referem a essa voz íntima, que se manifesta sob a forma de intuição, compreensão do significado profundo das coisas, esquecimento de si mesmo, aumento da capacidade de amar e de compreender, sensação de unidade com todos os seres, e com o mundo, capacidade de entrega feliz de si mesmo, reconhecimento da finalidade da vida. Para alguns são lampejos de luz. Para outros, é luz duradoura. Os resultados são amadurecimentos, mudanças internas, estabilização emotiva, ou seja, a manutenção de um estado de espírito que permanece inalterável, sejam quais forem os acontecimentos à volta. Chama-se a isso serenidade. Muitas vezes pensamos que a serenidade está fora de nós, por exemplo, no lago tranqüilo, na brisa fresca da manhã, no vôo dos pássaros. Mas a verdadeira serenidade está dentro de nós. É o Pai em nós, como está dito nos textos sagrados: "Já não sou mais eu quem vive, mas o Pai que vive em mim" ou, então, a idéia de unidade, de integridade: "É preciso ser um com o Pai".
Esse encontro com o Pai é o verdadeiro sentido da religiosidade, uma força intrínseca, não necessariamente ligada à religião. Tal encontro nos leva a expandir a consciência, levando-nos a abrir-nos a nós mesmos, a superar os obstáculos, a abandonar-nos a nós mesmos, a ter confiança absoluta no Pai, a compreender a natureza das energias que nos envolvem, associando-as às energias divinas, assimilar tais energias, colaborar com elas, utilizá-las para a nossa transformação.
(...) As portas da evolução são abertas de dentro para fora, ou seja da intimidade da alma, do sentimento mais profundo, para a exterioridade. Enquanto não amadurecemos, valorizamos a consciência de superfície, a transitoriedade, os paradigmas sociais, os condicionamentos da vida externa.
(...) Todo amadurecimento se confirma com a experiência subjetiva de alegria, de liberdade efetiva, de vitalidade real. Nestes momentos afluem em nós torrentes de luz, de felicidade, de força, mesmo a custa de alguma aparente renúncia, de uma aparente perda, de uma aparente separação. Porque são apenas aparentes as coisas transitórias.
Um outro conjunto de forças que atuam sobre nós tem origem em nós mesmos. São, comparativamente falando, verdadeiros animais.
É o leão em nós que nos faz desejar o mando, o domínio, reinar sobre os outros.
A águia em nós, que nos faz querer ser admirados pelos grandes vôos da inteligência.
Há a raposa, esperta, armando dificuldades para os outros. Os morcegos hematófagos, sugando as forças dos outros.
São os ruminantes em nós que nos fazem valorizar em excesso a alimentação, o prazer da mesa, os requintes da bebida.
Há ainda o urubu que espreita a carniça das pessoas que destruímos, os cadáveres dos que derrotamos ao longo da vida.
E a preguiça, indolente.
Há os animais peçonhentos, espalhando veneno por onde passam, falando mal dos outros, levantando suspeitas, dúvidas, aleivosias, criticando impiedosamente o nosso próximo.
Todas essas forças animalescas convivem conosco, longamente. Muitas vezes tomam conta de nossa vida e cometemos atos bárbaros, dignos da animalidade mais grosseira. São forças do nosso primitivismo, que estão em nós em dimensão interna. Certamente estão ligadas ao nosso passado.
Felizmente não estamos entregues apenas a tais forças. Algumas criaturas nos falam de uma voz interior, uma voz que mora n'alma e que fala lá de dentro, do fundo do nosso ser e nos aconselha e orienta. Convida nossa atenção para que não cometamos transgressões à lei divina. Alguns a identificam como a voz da consciência. Muitas grandes almas se referem a essa voz íntima, que se manifesta sob a forma de intuição, compreensão do significado profundo das coisas, esquecimento de si mesmo, aumento da capacidade de amar e de compreender, sensação de unidade com todos os seres, e com o mundo, capacidade de entrega feliz de si mesmo, reconhecimento da finalidade da vida. Para alguns são lampejos de luz. Para outros, é luz duradoura. Os resultados são amadurecimentos, mudanças internas, estabilização emotiva, ou seja, a manutenção de um estado de espírito que permanece inalterável, sejam quais forem os acontecimentos à volta. Chama-se a isso serenidade. Muitas vezes pensamos que a serenidade está fora de nós, por exemplo, no lago tranqüilo, na brisa fresca da manhã, no vôo dos pássaros. Mas a verdadeira serenidade está dentro de nós. É o Pai em nós, como está dito nos textos sagrados: "Já não sou mais eu quem vive, mas o Pai que vive em mim" ou, então, a idéia de unidade, de integridade: "É preciso ser um com o Pai".
Esse encontro com o Pai é o verdadeiro sentido da religiosidade, uma força intrínseca, não necessariamente ligada à religião. Tal encontro nos leva a expandir a consciência, levando-nos a abrir-nos a nós mesmos, a superar os obstáculos, a abandonar-nos a nós mesmos, a ter confiança absoluta no Pai, a compreender a natureza das energias que nos envolvem, associando-as às energias divinas, assimilar tais energias, colaborar com elas, utilizá-las para a nossa transformação.
(...) As portas da evolução são abertas de dentro para fora, ou seja da intimidade da alma, do sentimento mais profundo, para a exterioridade. Enquanto não amadurecemos, valorizamos a consciência de superfície, a transitoriedade, os paradigmas sociais, os condicionamentos da vida externa.
(...) Todo amadurecimento se confirma com a experiência subjetiva de alegria, de liberdade efetiva, de vitalidade real. Nestes momentos afluem em nós torrentes de luz, de felicidade, de força, mesmo a custa de alguma aparente renúncia, de uma aparente perda, de uma aparente separação. Porque são apenas aparentes as coisas transitórias.
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